No dia 17 de fevereiro de 2025, uma operação da Prefeitura do Rio de Janeiro e da Polícia Civil desmontou uma rede de negligência em Sepetiba, Zona Oeste da cidade. Três idosos foram resgatados de um asilo clandestino que operava sem alvará, sem equipe técnica e – o mais grave – sem o mínimo de dignidade. O caso, investigado pela Vigilância Sanitária em parceria com a Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa Idosa (Deapti), revelou paredes mofadas, medicamentos armazenados junto a alimentos, e um forte odor de urina impregnado no local. Enquanto as famílias corriam para retirar seus parentes dali, uma pergunta ecoava: como instituições assim conseguem operar à revelia das autoridades?
A resposta está na combinação entre a desinformação das famílias e a falta de fiscalização proativa. O asilo, que abrigava quatro idosos (um deles morto recentemente por complicações de saúde), sequer tinha um responsável presente durante a ação – a cuidadora havia saído para “comprar pão”, segundo relatos. Para Felipe Michel, secretário municipal do Envelhecimento Saudável, casos como esse reforçam a importância de denúncias:
“Muitas ‘casas de repouso’ são, na verdade, depósitos de humanos. Precisamos romper o silêncio”.
Mas como identificar um asilo irregular antes que a negligência se torne tragédia? Aqui entra o papel da consultoria sanitária: instituições regulares possuem alvará de funcionamento exposto, equipe técnica qualificada (enfermeiros, nutricionistas) e ambiente organizado, com medicamentos separados por tipo e validade. Já os locais clandestinos costumam isolar os idosos de visitas, justificando “protocolos”, e apresentam estruturas deterioradas – como ventilação insuficiente e ausência de extintores de incêndio.
A operação em Sepetiba não é um incidente isolado. Só em 2025, a Vigilância Sanitária do RJ já interditou 4 ILPIs (Instituições de Longa Permanência para Idosos) por irregularidades. Para evitar que sua família entre nessas estatísticas, faça três verificações básicas:
- Confira no site da Prefeitura se o local tem alvará sanitário válido;
- Visite o asilo sem aviso prévio e observe a higiene das áreas comuns;
- Exija a ficha técnica dos profissionais responsáveis (cuidadores devem ter certificação).
Se desconfiar de algo, denuncie imediatamente à Deapti (21) 2334-9000 ou ao Disque Direitos Humanos (100). Para gestores de ILPIs, a mensagem é clara: a falta de compliance sanitário não só coloca vidas em risco, mas também abre brechas para processos criminais – como os que agora investigam os responsáveis pelo asilo de Sepetiba por exposição a perigo.
👉 Precisa de Ajuda Profissional?
Nossa consultoria oferece auditorias sanitárias especializadas para ILPIs, identificando desde falhas na armazenagem de medicamentos até irregularidades documentais. Solicite seu orçamento!
2 comments on “Idosos Resgatados em Asilo Clandestino na Zona Oeste do Rio de Janeiro.”